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sábado, 18 de julho de 2009

Bom dia... Boa tarde... Boa noite

Quando você se levantou pela manhã, Eu já havia preparado o sol para te aquecer e o alimento para o seu sustento. Sim, Eu providenciei tudo isso enquanto você dormia e eu vigiava o seu sono, sua família, sua casa, seus negócios. Esperei pelo seu bom dia, mas você se esqueceu.
Bem, você parece ter tanta coisa para fazer, ter tanta pressa que eu perdoei. O sol apareceu, as flores exalaram seu perfume, a brisa da manhã lhe acompanhou e você nem se lembrou que Eu havia preparado tudo isso para você.
Seus familiares sorriram, seus colegas lhe saudaram, você trabalhou, estudou, realizou negócios, alcançou vitórias, mas você nem se quer percebeu que Eu estava realizando tudo isso, e mais eu teria feito se você ao menos tivesse me ouvido, me dado mais uma chance... Eu sei você corre tanto... Eu perdoei...
Você já leu bastante, ouviu muitas coisas, mas ainda não teve tempo de ler e ouvir minha Palavra. Eu quis lhe falar, mas você nem pensou em parar, um pouquinho do seu tempo para me ouvir. Eu quis lhe aconselhar, mas você nem pensou nessa possibilidade. Não atentou para minhas preocupações. Seus olhos, seus pensamentos, seus lábios, seriam melhores. O mal seria menor em a sua volta ou em sua vida.
A chuva que caiu a tarde foram minhas lágrimas por sua ingratidão, mas foi também minha bênção sobre a terra para que não lhe falte o pão de cada dia. Findou o dia. Você voltou para casa. Mandei a lua e as estrelas para tornarem a noite mais bela para você. Certamente agora vai dizer muito obrigado e “boa noite”.
Psiu... Está me ouvindo? Já dormiu, que pena! Boa noite durma bem, eu ficarei velando por ti...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A PERFEIÇÃO CRISTÃ

"12 Não que eu tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, 14 Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. 15 Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá. 16 Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos". Filipenses 4.12 a 16.
Falar de perfeição me remete a um ilustre artista do século XV - Michelangelo. Uma de suas obras mais importantes e famosas é a Estátua de Moisés. Diz a história que ao terminar sua obra, após tanto esforço, diante de tamanha perfeição, sua única atitude foi pegar seu martelo e arremetê-lo contra o joelho da estátua, exclamando uma das expressões mais conhecidas mundialmente: (Perché non parli ?) “Porque não falas?”. Para Michelangelo, só faltava a vida à estátua.
O apóstolo Paulo também aborda o tema da perfeição. A comunidade de Filipos, fundada por ele e seu cooperador Timóteo, é conhecida como a comunidade da alegria. Além disso, a tônica de cordial afeição e apreço por essa comunidade, levou alguns de seus membros a se considerarem perfeitos, melhores que os outros. Mas, onde há alegria, não há, necessariamente, isenção de problemas e tristezas. Basicamente, dentre alguns motivos que Paulo encontra para escrever essa carta, podemos observar, no cerne desta perícope, uma recomendação a pensar no valor incomensurável de prosseguir rumo à perfeição em Cristo. Essa palavra de encorajamento de Paulo nos remete à concepção acerca do prêmio da vocação do alto. Mas quais seriam os fatores para alcançá-lo? Apresento três dentre tantos que poderíamos elencar.
O primeiro fator é...
Rreconhecer os próprios limites: A comunidade em Filipos participava de forma integral no ministério de Paulo. Sua ajuda financeira, moral, psicológica etc. expressava seu compromisso com o apóstolo e com a missão. Todavia, esse engajamento na missão começou a fluir dentro de uma parte da comunidade o sentimento de soberba. E é contra essa arrogância que o apóstolo Paulo testemunha ao escrever: “Não que eu tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição (...) quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado”, como nos dizem os versos 12 e 13. Nos dias de hoje encontramos situações e comportamentos não muito diferentes dos daquela comunidade. Algumas igrejas, ao participar, parcialmente, dos ministérios com suas contribuições, sejam financeiras, moral e psicológicas permitem, tal como os filipenses, que a arrogância flua no meio da igreja, trazendo discórdias entre o povo de Deus. Parece que ao contrário de Paulo, julgam ter alcançado a perfeição. Para vencermos o sentimento de presunção, que por vezes nos acomete, é necessário reconhecer que ainda nos falta muito para obter a perfeição. Isto é, reconhecer que somos homens/mulheres que temos nossos limites e que precisamos nos esvaziar de nós mesmos assim como Jesus fez.
Ma além de reconhecer os próprios limites, precisamos...
Reconhecer as próprias potencialidades: Provavelmente a comunidade em questão estava presa a conceitos e costumes antigos, e neles confiava como fonte de suas potencialidades. Paulo apresenta alguns cuidados que a comunidade deveria tomar em relação à “velha vida”, além de algumas razões que ele próprio poderia utilizar como expressão de confiança, mas que ele as considera como perda, diante do prêmio da vocação do alto. As aparentes potencialidades como ser hebreu de hebreu, circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, são, para ele, coisas que para trás ficam, potencialidades sim, mas não o prêmio em si. Nós também temos potencialidades! Somos capazes de realizar muitas coisas. Mas muitas vezes nos prendemos a conceitos e costumes antigos e, como se não bastasse, confiamos neles como nossa fonte de potencial, isso quando não a temos como única. Como muitos dos filipenses não reconhecemos o potencial que há em nós, não deixamos a “velha vida”, pelo contrário, utilizamos como expressão de confiança o título, o rótulo, a denominação e etc. Diante da orientação do apóstolo Paulo, precisamos reconhecer o potencial que há em cada um/a de nós e prosseguir rumo à perfeição cristã. Não podemos nos contentar com o que já alcançamos. Podemos, e, precisamos, obter novos conhecimentos para uma melhor compreensão do valor do prêmio que nos está proposto.
Por fim...
Precisamos reconhecer o próprio progresso: Paulo exorta a comunidade em Filipos sobre a necessidade de reconhecer e valorizar aquilo que eles já haviam alcançado. “Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos”. Pensar no valor incomensurável do progresso do qual eles já haviam experimentado, como resultado de seu esforço e dedicação na caminhada com Cristo. O verbo alcançar, no versículo 16 (εφθασα), expressa uma ação completa, logo, a ação que houve na vida das pessoas daquela comunidade, da parte de Cristo, foi completa. Sob essa perspectiva, eles deveriam valorizar a si mesmos e, valorizar, o que já haviam alcançado. Você e eu de igual modo, devemos reconhecer o valor incomensurável do progresso já obtido por meio de nossos esforços. A compreensão da ação completa do sacrifício pleno de Jesus por nós deve permanecer viva em nossas mentes e corações, a fim de que sejamos encorajados/as a não esmorecer, pois o esforço humano é uma das áreas onde o poder de Deus se manifesta. Pensando nessa ação completa de Cristo em nós, assim como em tudo que já alcançamos até esse momento, em nossa caminhada, é necessário conduzir-se de acordo com os ensinamentos já recebidos da parte de Deus, que significa: "estejamos assim propensos!" Como nos aconselha John Wesley.
Concluindo: O reverendo John Wesley, em seu sermão de número quarenta, disse que é muito possível que houvesse um grupo de “perfeccionistas” na igreja de Filipos em busca da perfeição absoluta. Michelangelo não se contenta com a perfeição da estátua de Moisés, feita por ele próprio. Paulo aponta para a maturidade daqueles que, com os olhos fixos no alvo, buscam no seu Mestre a perfeição cristã; valorizando cada passo, como fator importante no esforço da busca do desenvolvimento pleno. Que Deus derrame sobre nós sua graça e nos capacite para reconhecer nossos limites, nossas potencialidades e sobretudo, valorizar nossas conquistas. Que Deus nos abençõe, amém.

Vaso de honra...

Que tipo de vaso é você e o que está contido no seu interior?

“... Ora numa grande casa não há somente vasos de ouro ou prata, mas também de madeira e de barro, uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que , se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra”. 2Timóteo 2.21-22
Os hebreus tinham muitos tipos deste objeto. Além do simples vaso de barro, havia outros que variava de preço conforme a qualidade de cada um: barro, ouro, prata, bronze... E ainda hoje há dezenas de variedades de vasos no mercado: porcelana, vidro, cristal, pedras preciosas, acrílico, aço e inox, plástico, teflon, louça e etc. Enquanto para o mercado cada tipo de vaso varia de preço conforme a qualidade do material utilizado nasua fabricação, para Deus não. Para ele o que importa não é o tipo de material que vaso foi fabricado e sim o que está contido no seu interior, pois o conteúdo será exteriorizado e resultará em ações , boas ou más, que glorificará ou não, o nome do Senhor.
O vaso que também significa botija, aparece em várias referências bíblica. Gênesis 24.53 vaso de prata e ouro (Encontro de Rebeca); 2Reis 4.3 Vasos de barros (Eliseu aumenta o azeite da viúva); Salmo 31.12 vaso quebrado (Davi roga a Deus que o livre, nas mãos dos inimigos "sou como vaso quebrado"); Jeremias 18.14 vaso de barro (...nas mãos do oleiro); Jeremias 19.11 A botija quebrada que simboliza a ruína de Jerusalém; Marcos 11.16 vaso de “desonra” (a purificação do templo); Atos 10.11 vaso na visão do centurião Cornélio; Romanos 9.21 vaso de barro (o poder que tem o oleiro, Deus, sobre a massa); 2Coríntios 4.7 vaso e barro (luz de Cristo, o tesouro que temos dentro de nós); 1Tessalonicenses 4.4 vaso como um corpo (santificação e honra); 2Timóteo 2.21 vaso de Honra e de Desonra (variedades que há numa casa); 1Pedro 3.7 vaso mais fraco, sensível (uma advertência aos maridos); Apocalipse 2.27 vasos de barro (a igreja quebrada como vaso), carta a Tiatira.
Nos tempos bíblicos tanto no Antigo como no Novo Testamento, o vaso tinha um significado muito especial para quem o possuía. Em algumas famílias a alegria transbordava nos corações mediante a cura que ocorria pelo conteúdo do vaso, era vaso de azeite usado como medicamento. Em outras casas a satisfação nos rostos dos pais e dos filhos se dava ao encontrar dentro do vaso o sustento para a família. E em outras, porém, a esperança da provisão pairava entre os da casa. Nos dias de hoje embora os vasos não sejam tão utilizados como antes, servem mais para decorar o ambiente com flores, pedras, ou até mesmo como aquário. Deus em sua palavra reconhece como vaso, o ser humano, todos sem exceção, e deseja que estes guardem coisas boas dentro de si. E o que está contido no interior deste vaso é que vai fazer dele um vaso de honra ou de desonra.
Alguns princípios que podem e devem permanecer guardados dentro de nós para que sejamos vasos de honra são os valores da Palavra de Deus: “A tua palavra escondi guardada em meu coração para eu não pecar contra Ti” Sl 119.11; Coisas do alto "Tudo o que é puro, tudo que verdadeiro... Fp4.8; Esperança “espera no Senhor e guarda ...” Sl37.34; “Há esperança para o ferido..."; Alegria “Servi ao Senhor com alegria...” Sl100.25; Paciência “A prova da vossa fé produz paciência....” Tg1.36. Perdão, amor, perseverança... os frutos do Espírito Gl5.25.
Que Deus nos abençõe e no guarde. Derrame sobre nós o Espírito Santo para sermos para Ele vasos de Honra. Amém

Os ídolos deles

Não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade. Porque dirão os gentios: Onde está o seu Deus? Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam. Israel, confia no SENHOR; ele é o seu auxílio e o seu escudo. Vós, os que temeis ao SENHOR, confiai no SENHOR; ele é o seu auxílio e o seu escudo. Os céus são os céus do SENHOR; mas a terra a deu aos filhos dos homensOs mortos não louvam ao SENHOR, nem os que descem ao silêncio.Mas nós bendiremos ao SENHOR, desde agora e para sempre. Louvai ao SENHOR (Salmo 115.1-18 )